Kiki de Montparnasse, nascida Alice Ernestine Prin em 2 de outubro de 1901 em Châtillon-sur-Seine , Côte d'Or e faleceu em 29 de abril, 1953 em Paris, apelidada de la Reine de Montparnasse foi modelo, musa e amante de vários artistas famosos, mas também, cantora, dançarina, artista de cabaré e atriz, animando o distrito de Montparnasse durante o período entre guerras (1921-1939). Posou para dezenas de artistas, incluindo Chaim Soutine, Julian Mandel, Tsuguharu Foujita, Francis Picabia, Jean Cocteau, Arno Brecker, Alexander Calder, Per Krohg, Hermine David, Pablo Gargallo, Mayo, Tono Salazar e Moise Kisling. Participou também de nove curtas-metragens experimentais, incluindo Ballet Mécanique de Fernand Léger.
Filha ilegítima, ela foi criada pela avó em extrema pobreza. Com doze anos, foi enviada para viver com sua mãe, Marie Prin, em Paris, a fim de encontrar trabalho. Trabalhou em lojas e padarias, mas aos quatorze anos posou nua para um escultor. Isso leva a uma violenta discussão com sua mãe que a expulsa de casa, apesar do inverno. É recolhida pelo pintor Soutine. Ela frequentou a cervejaria "La Rotonde", mas somente o bar. Em 1918, ela envolve-se com um pintor judeu polanês, nove anos mais velho que ela, Maurice Mendjizki.
Posa para o pintor Amedeo Modigliani e Foujita cujo "Nu couché à la toile de Jouy", será sucesso no Salon d'Automne de 1922. Agora ela tem o cabelo à la garçonne, os olhos fortemente delineados com kôhl (cosmético usado pelas mulheres do Oriente para tingir as pálpebras de escuro), os lábios pintados de vermelho brilhante e o pseudônimo Kiki.
Filha ilegítima, ela foi criada pela avó em extrema pobreza. Com doze anos, foi enviada para viver com sua mãe, Marie Prin, em Paris, a fim de encontrar trabalho. Trabalhou em lojas e padarias, mas aos quatorze anos posou nua para um escultor. Isso leva a uma violenta discussão com sua mãe que a expulsa de casa, apesar do inverno. É recolhida pelo pintor Soutine. Ela frequentou a cervejaria "La Rotonde", mas somente o bar. Em 1918, ela envolve-se com um pintor judeu polanês, nove anos mais velho que ela, Maurice Mendjizki.
Posa para o pintor Amedeo Modigliani e Foujita cujo "Nu couché à la toile de Jouy", será sucesso no Salon d'Automne de 1922. Agora ela tem o cabelo à la garçonne, os olhos fortemente delineados com kôhl (cosmético usado pelas mulheres do Oriente para tingir as pálpebras de escuro), os lábios pintados de vermelho brilhante e o pseudônimo Kiki.
Em 1921, tornou-se companheira e modelo preferida de Man Ray, que achou seu corpo perfeito "da cabeça aos pés". Ele na época se reunia com os Dadas, Tristan Tzara, Francis Picabia e os surrealistas Louis Aragon, André Breton, Paul Éluard, Max Ernst e Philip Soupault.
Man Ray, fez centenas de retratos de Kiki, que acabou se tornando tema de algumas de suas melhores e mais conhecidas imagens, incluindo a notável imagem surrealista Le violon d'Ingres e Noire et Blanche.
Kiki também começa a desenhar retratos de soldados britânicos e norte-americanos presentes na Rotunda.
Em 1929, Kiki passa a ser a amante do jornalista Henri Broca. Este fundou a revista "Paris-Montparnasse", em que aparecem os primeiros capítulos do livro de memórias que Kiki está prestes a publicar. Sua autobiografia, Memórias de Kiki, foi prestigiada com apresentações de Ernest Hemingway e Foujita Tsuguharu.
Em 1930, o livro foi traduzido por Samuel Putnam e publicado em Manhattan por Black Manikin Press, mas foi imediatamente expulso pelo governo dos Estados Unidos, porque é considerado "indecente". O livro permaneceu proibido nos Estados Unidos até a década de 1970, quando ainda fazia parte da seção de livros proibidos na New York Public Library.
Esta autobiografia finalmente teve sua republicação em 1996.
Esta autobiografia finalmente teve sua republicação em 1996.
Símbolo da boêmia de Paris, aos 28 anos, é declarada a "Rainha de Montparnasse".
Bebendo muito e comendo mal, aos 33 anos, Kiki pesa 80 kg. Isso não a impede de posar para o pintor Per Grogh.
Em 1936, Kiki abriu sua própria taverna, "L'Oasis" se torna "Chez Kiki". André Laroque, pianista e acordeonista da taverna é seu novo amante. Ele ajuda Kiki a deixar as drogas e a continuar a escrever suas memórias que só será publicada 65 anos mais tarde.
Mesmo em tempos difíceis, ela manteve sua postura positiva, dizendo:
"Tudo o que precisamos é de uma cebola, um pouco de pão e uma garrafa de vinho tinto e eu sempre vou encontrar alguém para me oferecer isso."
Ela deixou Paris para evitar o exército de ocupação alemã durante a Segunda Guerra Mundial, que entrou na cidade em junho de 1940. Oficiais nazistas tinham uma reputação de intolerância para com a arte e os artistas associados a Montparnasse, que se estendia a todos os que abraçavam o seu estilo de vida liberal. Apesar de alguns líderes nazistas secretamente apreciarem o novo florescimento da arte em Paris, ela era reprimida, onde quer que eles exercessem controle. Hitler disse ter esperança de que seus militares iriam queimar a capital da França. Kiki nunca mais voltou a morar em Paris.
Kiki morreu em 1953, em Sanary-sur-Mer, França, com 51 anos, aparentemente de complicações com sua dependência de álcool ou drogas. Uma grande multidão de artistas e fãs foram ao seu funeral em Paris e seguiu o cortejo de seu enterro no cemitério de Montparnasse. Seu túmulo identifica-a como "Kiki, 1901-1953, cantora, atriz, pintora, Rainha de Montparnasse". Tsuguharu Foujita afirmou que:
"Com Kiki, os dias gloriosos de Montparnasse foram enterrados para sempre."
Muito tempo depois de sua morte, Kiki continua a personificar a ousadia, audácia e criatividade que marcaram esse período da vida em Montparnasse. Em 1989, os biógrafos Billy Klüver e Julie Martin chamaram-na de:
"... uma das primeiras mulheres verdadeiramente independentes do século."
4 comentários:
Olá querida, passando pra te desejar um doce fim de semana!
;*
bjs e Au Revoir!
A foto do violino eu tinha, mas não sabia quem era. humm!
Independente?
Dependente de drogas, alcool e amantes...
olá...gostei muito do blog, foi uma boa surpresa para mim. Meu primeiro contato com as "pessoas-personagens" dos anos 20 foi num livro que pelo que eu saiba, ninguém conhece, e que veio como encomenda errada para meu pai, que resolveu ficar com o livro assim mesmo. Deve ter sido o livro que mais reli na vida, e fala de tudo e todos ao mesmo tempo que conta uma história quase-biografia de Chanel. Chama-se Os Ultimos Romanticos, da autora Ruth Harris. Se ainda não leu, recomendo muito, deve ter em qualquer sebo.
abraços!
Oi, Vulvania!
Quero agradecer muito pela dica do livro, já andava carente de novidades sobre a época. Eu recomendo Os Anos Loucos de William Wiser, que estou postando em capítulos, parece que fizeram uma reimpressão... é muito bom também. Meu e-mail é cristinavalmont@gmail.com, se quiser conversar mais sobre esses anos loucos e maravilhosos ou simplesmente trocar impressões.
Grande abraço.
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