Os Anos Loucos - Capítulo 2: Fim da Parada

A primeira vez que um avião Gotha, pesadão e instável, voou sobre a rue Saint-Honoré, um antiquário que usava um elmo de ponta da guerra franco-prussiana disparou seu fuzil de caça contra o intruso. Impossível que Paris se tornasse um posto militar avançado e alvo inimigo. Os que tinham curiosidade bastante foram para o Bois de Boulogne ouvir a canhonada. Durante o bombardeio de 1918, um milhão de parisienses recolheu-se a relativa segurança do campo: enquanto os fantasmais zepelins evoluíam sobre o Sena transportando cargas mortais de explosivos, os que não tinham fugido da cidade iam se abrigar em adegas ou nas plataformas subterrâneas do metrô. Gertrude Stein e Alice Toklas foram para a casa da zeladora, de modo a terem sobre suas cabeças seis andares: era verdade, disse Alice, que os joelhos da gente batiam um no outro, como descrito em verso e prosa.

As posições da artilharia alemã achavam-se a pouco menos de 150 quilômetros da capital, bem perto para que o Grande Bertha atingisse com seus balaços o coração de Paris. Após o toque de recolher dos klaxons, a cidade, num lúgubre silêncio, se tomava um vazio. Não havia ninguém nas ruas de noite, a não ser as patrulhas móveis de hirondelles, os policiais que percorriam de bicicleta os bulevares, com as pontas das suas capas se estendendo, como as asas das andorinhas, para trás. Ao crepúsculo a cidade tomava a pálida cor do absinto - nove entre dez lâmpadas das ruas mantinham-se apagadas pelas restrições da guerra. A vida noturna praticamente acabara, a não ser pelo caf'-conc' da rue de la Gaite, sempre aberto para os soldados de licença. As mulheres da rua remanescentes, em tomo da estação Saint-Lazare, mergulhavam nas trevas quando os hirondelles passavam.

Crianças e velhos foram evacuados para escapar a penúria dos invernos da guerra e também ao perigo de ataques dos zepelins. (O pintor mexicano Diego Rivera perdeu um filho recém-nascido devido ao frio e a fome.) O carvão era raro, vindo da Inglaterra por mar ou das montanhas Cevennes, ao sul de Lyon, agora que a rica região carvoeira do nordeste estava ocupada ou debaixo de fogo. Os parisienses esperavam em filas intermináveis por uma ração de boulets feitos de pó de carvão, palha e turfa. Foi necessária a intervenção de um ministro de Estado para se conseguir uma carroça de carvão para o escultor Rodin, que morria de congestão pulmonar. O pintor japonês Fujita impressionou-se quando uma mulher chamada Fernande quebrou uma cadeira Luis XV para por no fogo para sua visita, que lhe propôs casamento. Entre as linhas imponentes das castanheiras do Jardim de Luxemburgo havia canteiros de cenoura e vagem; e até no elegante parc de la Muette, em Passy, se plantou batata.

Havia americanos em Paris, como sempre, mas poucos. A filha nada convencional de um clérigo, Sylvia Beach, viajou durante a guerra entre Paris e Belgrado (onde distribuiu pijamas as tropas sérvias), e em Paris testemunhou um tiro certeiro do Grande Bertha na igreja de Saint-Gervais, com a catedral repleta de fiéis: 91 tiveram morte instantânea e 86 ficaram gravemente feridos. Ernest Hemingway estava perto da Madeleine quando a fachada desta igreja foi atingida - sua primeira experiência da guerra. Outro voluntário do serviço de ambulâncias, John Dos Passos, viu uma granada explodir sem causar danos no Sena: pescadores logo saíram em barcos ou usaram redes na beira para apanhar o atordoado peixe.

Paris, disse Malcolm Cowley, era ainda mais digna de amor sob a ameaça da morte. Para muitos americanos, o rito de passagem pelo conflito europeu era um tempo de serviço no corpo ultramarino de ambulâncias; vários desses 'cavalheiros voluntários' eram, ou pretendiam ser, escritores. Constituíam um grupo de visitantes amigos - Malcolm Cowley, e. e. cummings, John Dos Passos, Dashiell Hammett, Ernest Hemingway - sem nenhuma participação no grande evento, mas com os sentidos aguçados, como observou Cowley, pela idéia de morrer no dia seguinte. Desenvolvendo-se em geral uma paixão por Paris, durante essa fase de instrução na cidade sitiada, o amor à primeira vista de um motorista de ambulância persistiria a vida inteira como um caso bem sólido. A Grande Guerra era a suprema aventura no horizonte, e Paris, seu posto de reconhecimento, a cidade mais bonita do mundo.

O errante sobrinho do banqueiro J. P. Morgan, Harry Crosby, alistou-se no Corpo de Ambulâncias Norton-Harjes, seu primeiro namoro com o perigo e com o risco de vida que ele mesmo buscava e um episódio que o levaria a ligar-se a Paris para sempre. Ernest Hemingway viu Paris apenas de relance antes de ir servir com a Cruz Vermelha na Itália. e. e. cummings e John Dos Passos foram para a frente nordeste em unidades separadas do Corpo de Ambulâncias Norton-Harjes na França. A Paris da Primeira Guerra Mundial foi uma experiência breve mas fundamental em sua juventude, um interlúdio bélico que afetaria a sensibilidade dos seus anos de formação e daria cor a obra literária futura.

e. e. cummings chegou a Paris, virgem, aos 22 anos.

"Levaram-nos para um país estrangeiro", explicou Malcolm Cowley, "O primeiro que a maioria de nós tinha visto; ensinaram-nos a fazer amor, a gaguejar amor, numa língua estrangeira."

"A Cidade Imensa", Cummings chamou a cidade - "a mulher vaidosa e delicada".

A associação de Paris a Mulher era inevitável para o jovem criado em Boston, cujo pai era pastor unitário e funcionário da zelosa Watch and Ward Society. Paris, vazia de homens, mas fartamente provida das "melhores mulheres que Deus já permitiu que apascentassem no ar dessa fresca terra", tornava difícil para um jovem poeta resistir ao "Tu viens?" soprado em todos os cantos. Deliberadamente ou por acaso ele levou cinco semanas para localizar o quartel da sua unidade, durante as quais perambulou à vontade por Paris. Mulheres, por toda a parte, adejavam em seu caminho, a disposição. "Tu viens?" Esse idílio prolongado apagou praticamente os pensamentos de Boston; a criação puritana do rapaz não o impediu de apaixonar-se por uma prostituta.

Ele conheceu Marie-Louise no restaurante de Sultana Cherque, o Oásis, na rue du Faubourg-Montmartre. Quando Marie-Louise acabava de fazer seu clássico trottoir na região entre a Republique e a Madeleine, ela e cummings iam sentar-se até o raiar do dia entre as garotas e os cafétões do Oasis. Em francês colegial o poeta balbuciou seu amor a esse deleite estrangeiro. O caso não foi uma transa em tempo de guerra entre uma meretriz de Montmartre e um soldadinho na pândega: cummings enamorou-se autenticamente e ela, pelo que as aparências indicam, sentiu-se atraída por ele.

Contrariando todas as tradições da fille de joie profissional, Marie-Louise convidava o rapaz para sua casa, um apartamento mínimo na rue Dupetit-Thouars, e para sua cama - muito embora eles não consumassem o amor do modo que a ela pareceria mais natural. Era na mais inocente das intimidades que os dois dormiam juntos até o fim das manhas. Cinco semanas não foram suficientes para que o garoto de olhos azuis de Boston se libertasse do moralismo de Watch and Ward. Impossível imaginar a reação da mulher francesa a essa persistente castidade - mas Marie-Louise manteve o relacionamento com seu ingênuo americano até que cummings, ainda virgem, se apresentasse ao serviço.

Na linha de frente, o motorista de ambulância cummings foi envolvido numa trama kafkiana que animou o restante de seu tempo na França e forneceu-lhe o material para o primeiro livro. Em defesa de um amigo que havia escrito uma carta indiscreta sobre o baixo moral das tropas francesas (a carta, naturalmente, foi interceptada pela censura), cummings, junto com esse amigo, foi acusado de simpatizar com o inimigo. Os dois voluntários americanos foram internados no centro de detenção de La Ferté Macé, um campo de concentração para militares desajustados.

O reverendo Cummings levou ao máximo que pode a pressão política, através de uma serie de cartas ao presidente Wilson, para garantir a libertação do seu filho. O poeta, ao finalmente receber permissão para sair de La Ferté Macé, recebeu também ordem de apresentar-se a embaixada americana, onde o instruiriam sobre o regresso a pátria. Ele teve três dias em Paris antes de o seu navio partir.

No Hôtel des Saints-Peres, no coração do Quartier Latin, cummings lavou-se da sujeira e das pragas de sua vida na prisão. O trabalho na ambulância e a implacável realidade de La Ferté Macé tinham alterado certos conceitos de moralidade da Nova Inglaterra. O jovem poeta logo saiu pela rue des Saints-Peres atento a todas as sensações, excitado por todas as possibilidades. Ao lançar-se a procura da amada de antes, pelas ruas sabidamente freqüentadas por ela, cummings mais uma vez se apaixonou por Paris.

Era hora de terminar com a já insuportável virgindade, nessa cidade onde tal perda ou ganho transpira sempre tão a jeito. Mas as prostitutas são as criaturas mais impermanentes da noite. Pelo que encontrasse de substância de sua evanescente borboleta, cummings poderia ter imaginado a garota. Ela havia deixado o apartamento da rue Dupetit-Thouars. Ele refez o caminho erradio das suas noites de trabalho da Republique a Madeleine um vasto território coberto por três arrondissements; demorou-se em calçadas e esquinas onde era mais provável que as abordagens dela ocorressem. Voltou seguidamente ao Oasis, onde eles tinham se encontrado tantas vezes para uma conversa tranqüila na madrugada sem pressa. Mas o poeta nunca iria recapturar seu primeiro amor, a não ser em verso. Era o último ano da Grande Guerra. Muita gente já havia passado por Paris - e fugido, morrido ou desaparecido.

A última noite de cummings na cidade foi dominada pelo desejo de terminar sua inocência incomoda: ele tinha se tornado um homem em todos os sentidos, menos neste. Já muito tarde, no Oasis, uma garçonete bem bonitinha, Berthe, dividiu com ele uma mesa e uma garrafa de champanha. Antes de a cidade voltar a agitação da vida no romper da manhã, e ele pegar um trem para embarcar em seu navio no Havre, cummings acompanhou a doce e complacente garçonete a sua chambre de bonne. Berthe tornou-se a substituta de última hora para Marie-Louise, uma parceira de amor por procuração, uma despedida agridoce de Paris.

Para Dos Passos, a aventura em tempo de guerra se passara "a margem da grande carnificina". Cabiam-lhe o magro salário de um soldado francês, os poucos cêntimos de um poilu e uma ração diária de um litro de vinho, mas o serviço na ambulância era quase tão monótono e de retaguarda como o foi para Jean Cocteau. (Cocteau serviu como 'oficial' no corpo privado de ambulâncias de Misia Sert, envergando um uniforme cênico-militar desenhado por Coco Chanel.) Toda a culpa, desapontamento e frustração que Dos Passos tenha sentido por seu envolvimento passivo, longe dos campos de batalha, acabou por sublimar em Paris após o armistício. Foi aí que escreveu seu primeiro romance de sucesso, Três soldados, uma versão fictícia da guerra. Seu oásis em Paris era o hotel-restaurante de Madame LeCompte, Le Rendezvous des Mariniers, no cais d'Anjou.

Partindo desse santuário na medieval ilha Saint-Louis, Dos Passos circulava pelos cais de pedra e o incrível emaranhado de ruas nos dois lados da ponte Marie para explorar a cidade que lhe pareceu mais intensa e satisfatória do que a vida militar havia se revelado. Pelo menos num passeio mais longo, Dos Passos foi acompanhado por Fernand Leger, que acabara de ser dispensado do exercito francês, no qual servira como padioleiro em Verdun e sofrera no Aisne um envenenamento por gases. (De sua experiência militar, Leger disse: "Três anos sem tocar num pincel, só em contato com a realidade mais crua, mais violenta... não hesito em dizer que a guerra me deixou mais maduro.") Dos Passos não tinha uma experiência de guerra que correspondesse ao "contato com a realidade" do pintor, mas a caminhada com o homem mais velho foi uma revelação: um modo de ver as chaminés, olhando-as do funicular de Montmartre; os planos lisos de uma barcaça no rio como volume; um peitoril de janela com gerânios como detalhe. Leger estava em pleno processo de adaptar suas técnicas cubistas a uma visão particular da idade da maquina. Em Paris, onde os vários ramos da arte encontravam-se tão familiarmente, Dos Passos foi convidado a partilhar as percepções do pintor.

Enquanto Dos Passos se envolvia com a excitação e os estímulos da Paris do pós-guerra, e. e. cummings escreveu-lhe sobre a infelicidade e o tédio que o assaltavam em casa. Seu pai, injuriado, planejava um processo contra o governo francês pelo encarceramento ilegal do filho. Como um depoimento sabre o caso, ele incentivou cummings a registrar suas experiências da prisão - embora o rapaz não nutrisse nenhum ressentimento especial contra os franceses. cummings, pelo contrario, foi sempre um exacerbado francófilo: sua desastrosa detenção militar apenas reforçou nele um crescente rancor de toda burocracia e autoridade. Mas o poeta começou a redigir suas impressões do episódio de La Ferté Macé para satisfazer aos planos do seu pai: só que o depoimento estendeu-se muito além de qualquer formato legal para tornar-se este documento clássico sobre a Primeira Guerra Mundial, The enormous room.

As pequenas mulheres de Paris haviam fascinado cummings e Dos Passos desde o início. Dos Passos referiu-se as suas incursões em busca da arquitetura e les petites femmes.

"ah, a profilaxia cheia de remorsos depois!"

Enquanto cummings se lembraria de suas próprias francesas nestas linhas:

"pequenas mulheres mais
que mortas dançando exatas
na minha cabeça dançam
exatamente onde dançou la guerre"

A desmobilização trouxe para casa, além dos homens, todo um exército de mulheres. Vindo em refluxo da linha de frente, eram profissionais que tinham trabalhado na clandestinidade como moças de cantina, ou abertamente nas 'lanternas vermelhas' para os praças e nas 'lanternas azuis' dos oficiais.

Um novo recrutamento estava em vigor: de prostitutas que prestassem serviço nos bordéis da capital. Conhecidos como maisons de passe, maisons closes, maisons de tolérance, os prostíbulos não definharam de vez durante a guerra - com as tropas de três nações aliadas passando por Paris - mas os ataques aéreos, as restrições policiais e as patrulhas militares a cata de desertores perturbaram a tranquilidade do negócio. À medida que visitantes estrangeiros, num influxo, juntavam-se aos poilus de regresso na procura dos clássicos prazeres associados à Paris, novos e exigentes gostos impeliram as casas mais famosas, como o Un-Deux-Deux (de la rue de Provence, por trás das Galeries Lafayette) e o histórico Chabanais (ao lado da Biblioteca Nacional), a recrutarem praças inexperientes nas linhas de coristas do Folies Bergére e do Casino de Paris. Garotas das províncias tomavam o caminho familiar para os bordéis da grande cidade, com cafetões a sua espera nas estações de Lyon e Saint-Lazare.

O florescente impulso no comércio da carne, na década de 20, incentivou Marthe Lemestre a instalar um rendez-vous cinco estrelas, Le Sphinx, o primeiro prostíbulo importante da Rive Gauche. 'Martoune' conseguiu o apoio de quatro respeitados investidores (um dos quais um banco) para seu incomparável palácio de luxo. Situada na sombria vizinhança do cemitério de Montparnasse, a casa era facilmente distinguida por sua esfinge de estuque acrescentada a fachada, no boulevard Edgar Quinet, 31.

Martoune inaugurou modestamente o estabelecimento, com uma equipe de apenas 15 filles de joie - garotas, contudo, de dotes reputadamente superiores. Por fim, até sessenta encantadoras anfitriãs entretinham centenas de clientes por noite, e não só na cama, mas muitas vezes como simples companhias de salão, parceiras graciosas de mesa com as quais se conversava sobre arte ou os assuntos do dia diante de uma garrafa de Taittinger. Em completa confiança, pais levavam seus filhos adolescentes ao Le Sphinx, para uma tradicional iniciação aos mistérios da carne.

A lista de vinhos era tão variada quanto a escolha permitida pela adega do Maxim's, num compreensível investimento da casa, já que boa parte da clientela do Maxim's também freqüentava o Le Sphinx. Das três casas importantes (Le Sphinx, o Chabanais, o Un-Deux-Deux), a de Martoune era a mais de vanguarda, com interiores art déco em motivos egípcios ao invés dos folheados a ouro e planejamentos, candelabros e camas de baldaquim tão comuns nos bordéis mais antigos. Le Sphinx foi o primeiro prédio de toda a França a instalar ar-condicionado.

A tolerância sexual é um dado das atitudes parisienses, incluindo a liberdade de ser homossexual. Inevitavelmente uma colônia do terceiro sexo, liberada de pressões legais ou sociais, tornou-se um componente aceito do meio eclético. A escolha de parceiro e a forma de amar que essa escolha implicava era uma questão entre amantes (e eventualmente a zeladora do prédio). O exílio homossexual em Paris era uma tradição que se poderia estender de Oscar Wilde, na virada do século, até sua neta Dolly Wilde, na década de 20.

Com o fácil acesso, por uma travessia de canal, da Inglaterra à França, Paris era o destino, mesmo que só para um fim de semana permissivo, de excluídos sociais com as mais diferentes inclinações ao sexo. No fim da Primeira Guerra Mundial, Vita Sackville-West - escritora, íntima do círculo de Bloomsbury - aventurou-se numa fuga apaixonada em Paris com Violet Trefusis. Violet acabara de se casar com Denys Trefusis, um oficial recém-chegado da frente de batalha, mas sua ligação com Vita vinha de antes da cerimônia nupcial e era um compromisso mais forte, como Paris era um idílio mais tentador, do que uma insípida lua-de-mel em Londres. Vita escureceu o rosto com um corante e passou a usar na cabeça uma faixa manchada - as faixas, na Paris do pós-guerra, eram vistas a três por dois vestindo-se de marinheiro. Violet chamava-a de 'Julian'.

Em seu diário, Vita escreveu sabre a inebriante sensação de liberdade que a possuía quando ela perambulava pelos bulevares e ruelas de Paris com Violet a seu lado:

"Nunca gostei tanto de algo quanta de viver me expressando com uma ironia perene e sempre desafiando qualquer guarda pelo qual eu passasse”.

É duvidoso que algum policial tenha se importado por ela estar ou não vestida de homem. Mesmo quando os dois maridos convergiam para suas erradias esposas, Vita insistia:

"Não havia abatimento... em minha paixão
pela liberdade daquela vida."

Isso era em 1920: a liberdade estava no ar, em Paris, no começo da década.

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