As mulheres se encontravam livres dos espartilhos, e da silhueta em “S” que fez parte de suas vidas até o final do século 19. A indumentária da década de 20 trazia uma silhueta tubular. A cintura do vestido ou o cós da saia ficava logo acima dos quadris, onde o corpo da mulher ainda é largo, escondendo a cintura verdadeira, e o busto não era salientado, pelo contrário, era escondido.
Os vestidos curtos, leves e elegantes, a maioria em seda, deixavam as costas e os braços à mostra. Já tecidos como o tule e o crêpe georgette eram bordados com pérolas, miçangas, canutilhos. Acrescentava-se a vestidos ou saias muito curtas, uma cauda, panos esvoaçantes ou franjas.
Depois do uso dos "achatadores", começou-se a usar o sutiã. Por volta de 1925, este possuía alça ajustável na frente e uma tira de tecido, geralmente elástica, dividida no meio. Usava-se também uma nova roupa de baixo: a combinação. As meias vinham em tons beges, que indicava as pernas de fora.
A maquiagem, também era um sinal da nova liberdade feminina, a boca em cor carmim era então pintada em forma do arco do cupido, ou, em formato de um coração; as sobrancelhas eram tiradas e delineadas á lápis; os olhos eram bem marcados; e a pele em uma tonalidade branca, que fazia contrastar com as cores fortes da maquiagem.
O cabelo curto, que na época tinha o nome de “La garçonne” era usado pelas mulheres consideradas modernas. Os chapéus em estilo “cloche” eram enterrados até os olhos. Os turbantes também tinham o seu espaço. Com as plumas de avestruz, muito usadas nos music-halls (teatros de revista), realizavam-se extravagantes adornos multicoloridos, inclusive os grandes leques com varetas de tartaruga que acompanhavam os elaborados vestidos de noite.
Colar de pérola era usado longo, com um nó ou dando várias voltas ao redor do pescoço. No inverno usava-se mantôs com gola e punhos ornados com pele. As mulheres calçavam sapatos à barette (de presilha abotoada), com saltos carretel, e apareceu a moda de forrar os calçados com o mesmo tecido da roupa.
Enfim a mulher, que havia se tornado capaz de abandonar uma vida de futilidades, agora queria valorizar-se, fumar, dirigir automóveis...
...e tirar os véus que encobriam seu corpo.
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